1. |
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A brisa trás uma mensagem
sinto queimar-me o coração
a mocidade esta prestes a se encerar
ciclos que se quebram
a escuridão me conforta,
contemplo a cera da vela
e as flores que secam
sem resistência, antes do fim
somos monstros humanos
fugindo da luz que nos guia
negando o quão frágil somos
numa orgia de decadência,
cortes numa carne tão frágil,
ossos que se quebram ao colidir com o chão
somos efêmeros
portando acima de tudo, o poder do defeito,
efeito em destruição
há de gozar da passagem,
dos conselhos vindo da escuridão
que cobrem a própria luz
conserto meus passos
concertos no espaço.
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2. |
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Pela ordem natural, os caídos cumprem as Leis
nas passagens dos dias, contatam
a luz que desce pela misericórdia
expiação da carne, do sangue e sujeira
rasgar as armaduras
com louvor aos primórdios e aos ocorridos
exaltando as negras e vermelhas partes
sob as laminas e labaredas das virtudes
uma mecha de cabelo do morto,
começa o ritual
Renasça através do fogo
oh! Criança rebelde!
Tome seu próprio caminho
quebre as pedras e flutue sobre os abismos
seus poderes de medo e terror
agora são meus!
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3. |
Bonecos de Carne.
06:29
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Nos colocamos na vitrine,
Gratuitamente ao sadismo,
Assistindo a própria destruição,
Olhares de prazeres ímpios
Aniquilando pouco a pouco
O tão sonhado...
aqui corrompido,
desgastado, corre diante a vista,
dominante e vaidosa mortalidade
Apatia, sangrando nos atos momentâneos,
feito o sangue que escorre do sacrifício,
descobrir a podridão e o vazio
Devoção inebriada ao irrelevante
A fecundação interrompida
Mantém a liberdade
e a ilusão de que irei encontrar,
sendo liquido e raso,
algum refúgio de tudo que sou
corpos desconhecidos,
normalizada insensatez,
não me reconheço ao espelho
cada vez mais perdido, sinto
como poeira, voando com os ventos
a catarse espalha o que resta...
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4. |
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A construção do Reino dos demagogos
Eu sou a arvore da forca
o suicida, expansão das sombras
o traidor que premedita
todas as formas de quebrar um coração
o impulso dos fracos
pela violência, luxuria e embriaguez
da carne apodreço em lagrimas não roladas
larvas que infectam o espirito
a hipocrisia burguesa
e a tentação dos santos
o covarde a espreita
deleite em humilhação
a amargura na língua
a luz que mingua
punhal de prata
sacrifício gratuito
egoísmo e mentiras
o rebanho controlado
sob o curso do rio de sangue
voraz, triunfo da ignorância.
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5. |
Patuscada dos Mortos
04:44
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A Lua alva resplandece entre as estrelas noite adentro
feiticeiros e bruxas cantam e dançam
empunhando suas taças, bebem o resultado alquímico
possuídos por espíritos milenares, antes chamados oráculos
celebramos os vivos e os mortos
a existência árdua é esquecida
seres encantados, bestas e feras ganham voz
criaturas coroadas ostentam poderes com humildade em seu proposito
gargalhadas, brados e sigilos riscados, invisível
pisam nos dois lados, rodopia colorindo a canção
a arvore rainha indica as chaves
ervas são corpos de Deuses
pelas raízes, a fonte da vida.
Acácia sagrada, sua sombra refrescante
flor que desabrocha,
espinhos cortantes,
quando chega à seca chove suas folhas douradas
nutre o homem com Vinho,
transfigurando do chumbo ao ouro
Rubedo permanente, assim desejo
e assim será!.
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