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Bonecos de Carne

by Ta'mõi Grisi

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1.
A brisa trás uma mensagem sinto queimar-me o coração a mocidade esta prestes a se encerar ciclos que se quebram a escuridão me conforta, contemplo a cera da vela e as flores que secam sem resistência, antes do fim somos monstros humanos fugindo da luz que nos guia negando o quão frágil somos numa orgia de decadência, cortes numa carne tão frágil, ossos que se quebram ao colidir com o chão somos efêmeros portando acima de tudo, o poder do defeito, efeito em destruição há de gozar da passagem, dos conselhos vindo da escuridão que cobrem a própria luz conserto meus passos concertos no espaço.
2.
Pela ordem natural, os caídos cumprem as Leis nas passagens dos dias, contatam a luz que desce pela misericórdia expiação da carne, do sangue e sujeira rasgar as armaduras com louvor aos primórdios e aos ocorridos exaltando as negras e vermelhas partes sob as laminas e labaredas das virtudes uma mecha de cabelo do morto, começa o ritual Renasça através do fogo oh! Criança rebelde! Tome seu próprio caminho quebre as pedras e flutue sobre os abismos seus poderes de medo e terror agora são meus!
3.
Nos colocamos na vitrine, Gratuitamente ao sadismo, Assistindo a própria destruição, Olhares de prazeres ímpios Aniquilando pouco a pouco O tão sonhado... aqui corrompido, desgastado, corre diante a vista, dominante e vaidosa mortalidade Apatia, sangrando nos atos momentâneos, feito o sangue que escorre do sacrifício, descobrir a podridão e o vazio Devoção inebriada ao irrelevante A fecundação interrompida Mantém a liberdade e a ilusão de que irei encontrar, sendo liquido e raso, algum refúgio de tudo que sou corpos desconhecidos, normalizada insensatez, não me reconheço ao espelho cada vez mais perdido, sinto como poeira, voando com os ventos a catarse espalha o que resta...
4.
A construção do Reino dos demagogos Eu sou a arvore da forca o suicida, expansão das sombras o traidor que premedita todas as formas de quebrar um coração o impulso dos fracos pela violência, luxuria e embriaguez da carne apodreço em lagrimas não roladas larvas que infectam o espirito a hipocrisia burguesa e a tentação dos santos o covarde a espreita deleite em humilhação a amargura na língua a luz que mingua punhal de prata sacrifício gratuito egoísmo e mentiras o rebanho controlado sob o curso do rio de sangue voraz, triunfo da ignorância.
5.
A Lua alva resplandece entre as estrelas noite adentro feiticeiros e bruxas cantam e dançam empunhando suas taças, bebem o resultado alquímico possuídos por espíritos milenares, antes chamados oráculos celebramos os vivos e os mortos a existência árdua é esquecida seres encantados, bestas e feras ganham voz criaturas coroadas ostentam poderes com humildade em seu proposito gargalhadas, brados e sigilos riscados, invisível pisam nos dois lados, rodopia colorindo a canção a arvore rainha indica as chaves ervas são corpos de Deuses pelas raízes, a fonte da vida. Acácia sagrada, sua sombra refrescante flor que desabrocha, espinhos cortantes, quando chega à seca chove suas folhas douradas nutre o homem com Vinho, transfigurando do chumbo ao ouro Rubedo permanente, assim desejo e assim será!.

about

Bonecos de Carne é o segundo EP da “banda de um homem só” Ta’mõi Grisi, uma catarse sobre uma prisão de três dimensões onde te tiram a memória, limitam suas capacidades e tudo a sua volta apodrece e cai no esquecimento.
A mistura de macumba, reflexões lamentosas, ocultismo, metal negro, “metal moderno” e outras "brasilidades" compõe o conceito musical polifônico dessas canções berradas em português, feitas com muitos sacrifícios, sangue e sujeira.
Gratidão Eterna aos amigos e familiares, aos mortos que me acompanham, ancestrais e encantados!

Ta’mõi Grisi 22/09/2022

credits

released September 22, 2022

Participação na percução da Faixa 1 [Natureza Morta (Vanitas)] Rum: Welligton Landim; Rumpi: Paula Guimarães

Letras, composição, programação, instrumentos, sample: Ta'mõi Grisi
Captação, mixagem e masterização: João P. (Tumultum Lo-fi Recs)

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